Depois de mais de um ano sem postar nada por pura falta de inspiração, venho escrever para dizer que ela, a inspiração voltou! Voltou domingo à noite, enquanto eu estava sozinha em casa procurando alguma coisa para me distrair e de repente olho para o lado e vejo duas revistas sobre decoração de quartos de bebê.
Bem... vou explicar para quem ainda não sabe... quando começamos esse blog éramos em 3 colaboradores ( Eu, o Elton e a Lucy nossa chuchuzinha de 4 patas que alegrou alguns posts com sua carinha de anjo rs!). O objetivo inicialmente era fornecer informações sobre o Grande Dia do nosso casamento, e, diga-se de passagem, foi uma “festança” para ninguém colocar defeito! Então, no dia 11/11/2011, quase um ano depois, descobrimos que nossa família iria aumentar. Era a cegonha batendo em nossa porta!!! E por conta da chegada do novo membro da nossa família comprei as tais revistas que avistei domingo.
Não sei se foi pelo adiantado da hora, ou se foi devido ao fato de ter passados os últimos semestres da minha vida escrevendo sobre assuntos científicos de forma que os resultados pudessem ser reproduzidos, estatisticamente confirmados e blá, blá, blá... mas, a visão dessas revistas me fez pensar em toda a evolução da leitura. Não da leitura de forma geral, mas da minha leitura.
Lembrei que quando era criança adorava as revistinhas de pintar e quando ainda não sabia ler, eu comprava umas revistinhas que vinham com umas bonecas de papel que tínhamos que recortar as roupinhas, também de papel, para vesti-las.
Depois de um tempo, já alfabetizada (rs!) virei fã da revista Nosso Amiguinho e sucessivamente passei e me interessar pela revista Capricho e Revista Dança. Não deixava de ler uma edição, principalmente se tivesse nas páginas do meio um pôster ou música do Bon Jovi, o que causava histeria total entre as meninas da banda, do colégio e do ballet.
Com o tempo tive que me dedicar mais a leitura das apostilas do positivo, terceirão é assim... Lembro perfeitamente o dia em que entrei no ônibus da Reunidas para “sair” de casa e começar a faculdade. Naquele dia entrei no ônibus segurando um ramalhete de amor perfeito que a Vó Maud colheu em seu jardim um pouco antes e uma revista Superinteressante que ganhei da minha mãe.
A Super era sobre os projetos de seqüenciamento genômico que estavam iniciando e sobre biotecnologia, palavra recém inserida no vocabulário das pessoas no ano 2000, o ano em que entrei para a faculdade de biotecnologia. Lembro te ter lido a reportagem com o título de Comida Frankestein, era sobre o “arroz dourado” naquele momento não se falava em outra coisa, um dos primeiros OGMs amplamente divulgado.
Nessa época ocorreu a grande revolução das minhas leituras, minhas revistas queridas foram ficando cada vez mais esquecidas e tive que começar a ler uns livros estranhos, grandes e pesados, que me causaram hematomas nas laterais da cintura de tanto andar carregando esses livros para cima e para baixo nos dias de aula. Agora eu já lia a revista Nova, mas só quando tinha que enfrentar 8 horas de viagem para ver a família, ia lendo para me distrair. Ah essa época eu também lia uns livros de romance bem "água com açúcar", mas, que eu amava!
Os anos passaram com a entrada no mestrado e doutorado as coisas foram piorando... além de ler tive que escrever também e agora em inglês (ai que tristeza ....) e só artigos científicos. As últimas revistas que comprei foram as que meus artigos foram publicados...
Mas em 2010 consegui algo que me orgulho muito, consegui ler um livro que não tinha nada a ver com trabalho!!! Em pleno doutorado! Ganhei de presente de aniversário da minha irmã Sú o livro “My sister's keeper” estava completamente louca por esse livro e simplesmente devorei e depois chorei um montão. Quando saiu o filme assisti de novo com a Sú e choramos mais uma semana a fio. Isso sem contar que o filme não chega nem perto do livro... como sempre...
Ainda em 2010 diversifiquei novamente minha leitura, comprei inúmeras revistas sobre decoração de casamentos e vestidos de noiva, mas sempre acabava profundamente decepcionada com a quantidade de anúncios e pouco conteúdo.
Ano passado com a proximidade da defesa tive que mergulhar novamente no mundo dos artigos científicos, no qual me encontro até agora... estou “ gazeando” serviço nesse momento.
Por outro lado, já começo a perceber as mudanças esse pequeno bebezinho está trazendo. Já me fez mudar novamente, agora começo a ler sobre decoração de quartos de bebê, uso de fraldas ecológicas, shantala, banho no balde, entre outras coisas que nem imaginava existir. Mas, estes serão assuntos para as próximas postagens que tentarei não deixar tão extensas. Prometo que meu blog científico não entrará aqui, ficará depositado na biblioteca central da UFPR (rs!).